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Uma forma inovadora para diagnóstico precoce de câncer de pele.

  • drmarcelomorenomkt
  • 2 de mar.
  • 2 min de leitura

Utilizando a mesma técnica metodológica do trabalho que comentei na semana anterior, ou seja, a utilização de espectroscopia FT-Raman, para avaliar as características vibracionais de moléculas que compõe o tecido de um câncer comparando com os de tecido saudável, tive a oportunidade de realizar mais um estudo com o mesmo grupo de pesquisador de meu mestrado. Neste estudo comparamos os achados de diferentes vibracionais de pele saldável com lesões névicas (nevos benignos ou conhecidos como “pintas”) com melanoma cutâneo. Sempre é importante lembrar que o melanoma é um tipo de câncer de pele que, se não tratado, pode ser fatal. Diagnosticar essa doença precocemente é fundamental, pois a remoção em estágios iniciais geralmente é curativa. No entanto, identificar a diferença entre lesões benignas, como os nevos pigmentados, e o melanoma pode ser desafiador, especialmente porque cada vez mais pessoas apresentam múltiplos sinais na pele. Muitas vezes, a remoção de todas essas lesões não é uma opção viável devido a questões estéticas e ao risco de cicatrizes. No estudo em questão, analisamos 90 amostras de pele de seis pacientes, que incluíam casos de nevos pigmentados, melanomas primários e metástases. Com a ajuda de um software de estatística, os pesquisadores aplicaram uma análise chamada PCA (análise de componentes principais) para entender as diferenças nos espectros de cada tipo de tecido. Os resultados mostraram que era possível identificar alterações bioquímicas significativas entre as diferentes condições da pele, o que poderia eventualmente ajudar os médicos a diagnosticarem o melanoma de forma mais eficaz. Por exemplo, foram identificadas diferenças nas bandas espectrais associadas a proteínas e lipídios, que estão diretamente relacionadas à presença de câncer de pele. A técnica demonstrou um alto potencial para distinguir entre nevos benignos e lesões malignas, com uma taxa de acerto relevante. Desde este estudo, inúmeros outros, conduzidos em diferentes centros de pesquisas também demostraram que a espectroscopia FT-Raman pode se tornar uma ferramenta valiosa para a identificação precoce do melanoma e, consequentemente, melhorando o prognóstico dos pacientes. Essa abordagem representa um avanço significativo na detecção não invasiva do câncer de pele, possibilitando diagnósticos mais rápidos e precisos sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos desnecessários, e quem sabe em breve haverá um equipamento com esta tecnologia nos consultórios de médicos que trabalham com oncologia cutânea.


Leia o artigo na íntegra:




 
 
 

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