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Continuando a história do melanoma cutâneo no Oeste de Santa Catarina

  • drmarcelomorenomkt
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

No texto n. 9 deste desta temporada de publicações no blog, apresentei o trabalho que caracterizou a epidemiologia do melanoma na região Oeste de Santa Catarina (publicado em 2012 e referente a dados de 2002 a 2009. Ampliamos este estudo em uma publicação de 2020, onde incluímos variáveis de pacientes tratados até 2016. Desta vez, incluímos um total de 1.146 pacientes; e o  estudo foi intitulado como “ Análise de prevalência e mortalidade associada ao melanoma cutâneo em pacientes atendidos em centro de referência no Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil, de 2002 a 2016”e foi publicado na Revista Ciências em Saúde (Moreno M et al. Rev Cienc Saude. 2020;10(4):109-116), juntamente com ajuda da colega profa Juliana Cristina Schmidt, onde supervisionamos o trabalho de cursos dos atuais médicos Maykel Dassi (@maykeel) e Rafael Victor Mierzwa (@rafamierzwa), auxiliados pela médica Luiza Grosbelli (@lgrosbelli). Novamente, realizamos um estudo transversal, descritivo e observacional teve como objetivo analisar o comportamento clínico, o perfil epidemiológico, a prevalência e a sobrevida do melanoma cutâneo (MC) em pacientes atendidos na região Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil. Durante o período analisado, foi observada uma média anual de 20 casos de MC por 100.000 habitantes, com uma taxa global de sobrevida em 10 anos de 89%, destacando-se a cidade de São João do Oeste como a de maior prevalência, com 27,7 casos por 100.000 habitantes/ano. A análise estatística foi conduzida com o uso dos testes do Qui-quadrado e Log Rank, aplicados para comparação das curvas de sobrevida de Kaplan-Meier. Novamente, os resultados demonstraram que características clínicas associadas a melhor prognóstico foram mais frequentes em pacientes do sexo feminino (conforme apresentamos no texto n. 11, desta temporada do blog - “Sexo do paciente pode influenciar no prognóstico do melanoma cutâneo). Além disso, verificou-se que a alta prevalência de MC no Oeste catarinense apresenta semelhanças clínicas e epidemiológicas com regiões geográficas equivalentes, como aquelas localizadas na mesma faixa de latitude da Oceania, incluindo Austrália e Nova Zelândia, onde há elevada exposição à radiação ultravioleta. No estudo também evidenciamos que fatores como idade, fototipo, cor dos olhos e dos cabelos, presença de efélides (sardas) e histórico de exposição solar variam de acordo com o sexo, assim como aspectos histopatológicos como a localização da lesão primária, tipo histológico, espessura da lesão, nível de Clark (profundidade de invasão nas camadas da pele), e presença de ulceração no MC. As curvas de sobrevida comparativas entre os sexos indicaram melhores desfechos para as mulheres. Na conclusão, destacamos que a elevada prevalência de MC no Oeste de Santa Catarina, assim como em outras regiões do Sul do Brasil, contrasta com os índices observados em outras partes do país. As características clínicas dos casos analisados refletem a herança genética das populações que colonizaram a região e sugerem uma possível contribuição da organização dos serviços de saúde locais para o diagnóstico precoce e, consequentemente, para as melhores taxas de sobrevida observadas. Mesmo com a minha saída do meio acadêmico, me proponho a encaminhar os bancos de dados arquivados assim como sugestões a todos pesquisadores(as) que quiserem continuar o levantamento de dados nos anos subsequentes.


LEIA O ARTIGO NA ÍNTEGRA:




 
 
 

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