Conexões cinemáticas – o cinema e as formas infinitas de manifestar arte.
- drmarcelomorenomkt
- 21 de jan.
- 3 min de leitura
Assim como os livros e a fotografia, a arte do cinema sempre me encantou. Parte desse fascínio vem da possibilidade de explorar a arte da fotografia de maneira infinita. No entanto, o mundo dos filmes é muito mais do que fotografia; é uma combinação de diversas formas de expressão que dão voz ao inconsciente, seja o do diretor, o do coletivo que participa de todas as etapas da produção, ou o das multidões que assistem. O mais interessante nisso tudo é que, em um mundo com 8 bilhões de indivíduos, ao assistirem ao mesmo filme, cada pessoa terá sua própria interpretação, encantamento e reflexão. Por isso, neste breve texto, minha intenção não é convencer ninguém sobre a mensagem que um filme buscou transmitir, mas sim compartilhar o que eles despertaram em mim, a ponto de estarem na minha lista dos cinco filmes que mais me marcaram. Desde cedo, assim como os livros, a sétima arte sempre ocupou um lugar especial em minha vida. Lembro que, no terceiro ano da faculdade, já acompanhava a cerimônia do Oscar e, desde então, me organizo para assistir aos indicados a melhor filme e às principais categorias, como direção, atriz e ator. Nesse percurso, inevitavelmente, alguns filmes se destacaram de maneira marcante. Se fosse comentar sobre todos, este texto seria interminável. Por isso, escolhi os cinco filmes mais importantes para mim — obras que, além de me entreter, moldaram meu modo de ver a vida. São obras que exploram conceitos filosóficos da existência humana, questionam o sentido da vida e abordam reflexões sobre o que veio antes e o que virá depois. Discutem a magnitude do cosmos, do qual fazemos parte (como mencionei no texto sobre o Natal), a solidão inerente ao ser humano e o papel único que cada indivíduo desempenha no coletivo, apesar de nossa representatividade ínfima. Na minha opinião, essas cinco obras de arte desafiam nossa percepção da realidade, expandem os limites da ciência e mergulham profundamente nas emoções humanas. Abaixo, compartilho um pouco sobre cada uma delas:

2001: Uma Odisseia no Espaço
Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke colaboraram para criar um dos filmes mais influentes e enigmáticos da história do cinema. 2001: Uma Odisseia no Espaço é uma exploração visualmente deslumbrante da evolução humana, da inteligência artificial e do desconhecido no cosmos. Neste caso, recomendo também a leitura do livro que inspirou o filme, especialmente o conto que finaliza a obra escrita.

Blade Runner
Dirigido por Ridley Scott e baseado no romance de Philip K. Dick, Blade Runner é uma obra-prima que investiga a natureza da humanidade e a ética da criação de vida artificial. Ambientado em um futuro distópico, o filme levanta questões profundas sobre o que significa ser humano, a moralidade da inteligência artificial e a busca por identidade em um mundo tecnologicamente avançado, mas emocionalmente vazio. Apesar da sequencia - Blade Runner 2049, manter o brilhantismo do primeiro filme, ainda a primeira obra é minha preferida.

A Árvore da Vida
Dirigido por Terrence Malick, A Árvore da Vida é uma meditação poética sobre a vida, a morte e o lugar do ser humano no cosmos. A narrativa entrelaça a história de uma família americana dos anos 1950 com a origem e a evolução do universo. Malick utiliza imagens impressionantes e uma trilha sonora transcendental para explorar temas de fé, amor, perda e redenção. Para quem aprecia fotografia, este filme é uma verdadeira aula visual.

Sombras da Vida
David Lowery oferece um conto intimista e melancólico sobre amor, perda e a eternidade em Sombras da Vida. O filme aborda a persistência da memória e a passagem do tempo, questionando o legado e o significado da existência. A simplicidade da narrativa contrasta com a profundidade das emoções e das ideias filosóficas que explora. O filme brinca com o tempo, representando os eventos de forma realista e pausada, o que acentua seu impacto emocional.

Interestelar
Este foi o filme que me inspirou a escrever este texto, pois, nesta semana, ele está sendo relançado nos cinemas em comemoração aos seus 10 anos de aniversário. Interestelar, dirigido por Christopher Nolan, tornou-se um clássico cult. O filme combina ciência rigorosa com uma narrativa emocionalmente envolvente, explorando temas como amor, sobrevivência e sacrifício. A relação entre pais e filhos, a passagem do tempo e a relatividade são centrais à história, proporcionando uma reflexão profunda sobre a natureza humana e nossa conexão com o universo.










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