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A História da Mamografia: da descoberta ao uso como exame de rastreio para diagnóstico precoce do câncer de mama (prevenção secundária)

  • drmarcelomorenomkt
  • 12 de fev.
  • 2 min de leitura



A mamografia começou a ser pensada após a descoberta dos raios X por Wilhelm Conrad Roentgen em 1895. Pouco tempo depois, médicos começaram a explorar essa nova tecnologia para examinar tecidos internos do corpo. Em 1913, o médico alemão Albert Salomon foi o primeiro a usar raios X para estudar a anatomia das mamas, analisando diferenças entre tecidos saudáveis e com câncer em amostras retiradas de mastectomias. Esse foi um marco inicial no desenvolvimento da mamografia. Durante as décadas seguintes, os estudos continuaram, mas as imagens ainda eram de baixa qualidade. Somente na década de 1950, com o trabalho do médico uruguaio radicado nos EUA Raul Leborgne, a mamografia começou a ser aprimorada. Ele introduziu técnicas como a compressão da mama para obter imagens mais nítidas, ajudando na detecção precoce do câncer de mama. Nos anos 1960, o médico americano Robert Egan desenvolveu um método mais eficaz para a obtenção de imagens mamográficas, conhecido como "técnica de Egan". Seu trabalho ajudou a popularizar a mamografia como ferramenta de diagnóstico. Já na década seguinte, começaram os primeiros programas de rastreamento populacional do câncer de mama, incentivados por estudos que demonstravam que a mamografia poderia reduzir as taxas de mortalidade ao detectar tumores em estágios iniciais. Até os anos 1990, a mamografia utilizava filmes radiográficos, mas, com os avanços da tecnologia digital, surgiram os primeiros aparelhos de mamografia digital. Esse novo método oferecia imagens mais claras e detalhadas, permitindo ajustes na visualização sem necessidade de novas exposições à radiação. Em 2000, foi aprovada a primeira máquina de mamografia digital, revolucionando o rastreamento do câncer de mama e melhorando a detecção em mulheres com mamas densas. Nos últimos anos, a mamografia evoluiu ainda mais com a tomossíntese mamária, também chamada de mamografia 3D. Esse exame fornece imagens tridimensionais da mama, reduzindo a sobreposição de tecidos e melhorando a precisão no diagnóstico. Além disso, o uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina vem sendo integrado aos exames para auxiliar radiologistas na detecção de anomalias e tornar os diagnósticos mais rápidos e precisos. Em 2020, tive a oportunidade de participar de uma pesquisa realizada em conjunto com colegas pesquisadores das ciências da computação/informática baseada em tese de doutorado, sobre uso de inteligência artificial no diagnóstico de câncer de mama (Zeiser FA, da Costa CA, Zonta T, Marques NMC, Roehe AV, Moreno M, da Rosa Righi R. Segmentation of Masses on Mammograms Using Data Augmentation and Deep Learning. J Digit Imaging. 2020 Aug;33(4):858-868. doi: 10.1007/s10278-020-00330-4. PMID: 32206943; PMCID: PMC7522129), e desde então venho acompanhado a evolução do uso dessas ferramentas na prática diária da Mastologia. @felipezeiser @caccac @tiagotgoz @Nuno M. C. Marques @adriana.roehe @Rodrigo da Rosa Righi

Atualmente, a mamografia é o principal exame para rastreamento do câncer de mama, recomendado por organizações de saúde em todo o mundo para mulheres a partir dos 40 anos, devendo ser realizada todos os anos. Existem evidências científicas suficientes para aplicar esse protocolo de prevenção secundária em todas as mulheres. Apesar de toda essa evolução tecnológica é importante destacar a as medidas de prevenção primária do câncer de mama que estão relacionadas ao estilo de vida: alimentação saudável, evitar uso de bebidas alcoólicas, exercícios físicos frequentes, sono saudável, entre outros.




 
 
 

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